Dos meus direitos, cuido eu

Não diga que tenho direitos

Não venha me falar dessa letra fria

Como se fizesse parte do meu dia a dia

Como se eu soubesse o que quer dizer

Sou, como tantos, filho de degredado,

Extremamente marginalizado,

Sou mais um pobre coitado

Que na vida não nasceu privilegiado

Ouvi dizer que meus direitos

Atravessam os da nação,

Motivo do imenso desemprego

Que massacra tantos brasileiros.

São muitas fomes

Que alimento sozinho não sacia,

São demandas de todos os dias,

Aquelas que os tais direitos

Deveriam contemplar.

Andam falando por aí

Que esses direitos devem deixar de existir

Para enfim conseguir a fome extinguir.

Se os direitos deveriam a vida garantir,

A nossa subsistência suprir,

Por que estamos nesta situação?

Será que realmente apenas dizer não

Aos direitos é a solução?

A História mostra o contrário,

Não farei mais papel de otário,

Começarei a me informar,

Quero conhecer essa "lei marcial"

Cansei de ser tratado como marginal.

Obrigado por essa provocação!

Valeu a pena a reflexão.

Vou me apropriar dessas leis,

Disso virarei doutor,

Vou correr atrás do opressor

Para que em meus direitos

Nunca mais ponha a mão.

Mari Velasco
Enviado por Mari Velasco em 06/09/2022
Reeditado em 06/09/2022
Código do texto: T7599440
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