Nada de moldes

O que é ser normal?

Não quero parecer com qualquer um,

Sou autêntico, original.

Ser diferente deveria ser sinônimo de especial.

Não repetir as mesmas caras,

Comportamentos ou falas;

Ser único, sair da monotonia,

Abrir a caixinha

Mostrar o que se tem de excepcional.

Neste mundo de pessoas tão diferentes,

Como mensurar as pessoas

Sob a mesma medida?

Por que não podemos experimentar o desconhecido?

Por que todos precisam ser "parecidos"?

Um modelo fordista de produção

No qual não há sentimento,

Nenhuma sensação,

Onde não existe coração.

A palavra em voga

Deveria ser autencidade

Sem medidas, apenas liberdade

Só assim é possível

Olhar as diferenças com empatia,

Entendendo assim

Que o problema

Não é falta de igualdade

Mas sim de equidade.

Neste mundo tão desigual,

Pensar em padronizar é paradoxal.

Se somos diferentes,

Somos tratados por "doente",

Tidos como anormais.

Afinal o que é normal?

Assistir todos os dias

Pessoas passando fome,

Sendo agredidas,

Exploradas, excluídas.

Por não fazerem parte

Desse padrão social?

Não se sensibilizar

Com um mendigo à rua

Porque passou a ser banal.

Se isso é natural,

Prefiro seguir sozinho;

Essa dita igualdade

Só me faz mal.

Mari Velasco
Enviado por Mari Velasco em 15/09/2022
Código do texto: T7606072
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