Batuque
Batuque
Entre os beícos estreitos,
Daquelas ruas com as balizas,
Sois a mais formosa,
Corpo feito um belo violão.
Fascina com andado,
Faceiro por aquela feira,
Marmanjos tudo babando,
Por que ela passou na frente.
Sobre os batuques dos bumbos,
Nas batidas do taróis e pratos,
Ao som da banda fanfarra,
O seu show é dado.
Dança, canta e se mostra,
Encanta, até no seu gingado,
Cintura fina, bola e rebola,
No ritmo do repique acelerado.
No batuque que bate,
As mãos pro lado, as pernas pra outra,
No batuque que bate,
O corpo fica todo solto.
Na dança encanta,
Daquele jeito de menina sapeca
Encanta na dança,
E na dança entra em chamas.
Quente? oushente muito quente!
Chega a fazer eterna fogueira,
Latente aqui nas caixas dos peitos,
De menino querendo sapequear.
A fanfarra vem subido a ladeira,
Naquela viela estreita,
Se ver longe, bem longe,
Ela vindo no passo marchando.
Pé a frente outro vem depois,
Estremece com grande força,
Me deixando sem ação,
La vem ela, ardente paixão.
Thiago Sotthero