O meu eu? (in)felizmente lírico

Senhores, quero que os senhores curem ou faça propagar o meu problema…

Eu estou doente, dentre meus afazeres eu prefiro o poema!

Sou aquele eco persistente de barreto com chapéu presente!

Que disse aos demais ausentes que voltaria com os poemas pendentes

Sou bardo e isso é hilário…

Pois descobri que essa profissão não recebe salário

Favor me curem ou comprem meu livro

Pois os médicos cobraram alto pela remoção de meu respiro

Esse lírico sapeca que me dá insônia…

E no meio da noite lembrou de uma certa sonia?

“Poema é problema” disse papai com um vinho em mão

Mas os irmãos de versos ensinaram-me como se usa o limão…

“Poema é problema” disse minha vó com pratinho com bolo

Mas com um acompanhamento de café na bancada sorriu pros “bololo”

“Poema é solução” disse professor de teatro com “rei lear” um retrato

Disse que deveria tirar todos esses versos do meu quarto

“Poema é lindo” disse uma antiga amada com a rosa acompanhada

Eu confesso que aquele sorriso me fazia gritar por teu nome na madrugada

“Poema é um dom” disse o repórter com meu rosto em sua lente

Virei matéria de blog em um sarau de repente…

Bem-vindos ao meu mundo de poucas páginas.

Sou o poeta de chapéu título e muitas palavras

poema, poesia verso e euforia

Esse papel é meu então o verso rima.

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 07/11/2022
Código do texto: T7644641
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.