Gula...

Deparei-me ao conto da maçã dourada

A vida eterna custa mais que a própria jornada

Erisictão ensinou em seu conto que o ouro não vale nada

Se a fome ele não a mata, e a colheita ele não perdoava

Deste doce fruto do éden que me sucumbiu ao pecado

Talvez eu cruse dentre os demais errados

O gosto de seu lábio após o batom borrado

Pois não recordo-me dos dias abençoados

Lembro-me de cada fruto proibido

Ou a cada receita que ativa o libido

Junto a carência da flecha d' es'culpido

E o peso que deixa um falso presumido

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 23/01/2023
Reeditado em 23/01/2023
Código do texto: T7702311
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