A criança e a mulher
No meu silêncio me escuto
Debato sobre as batalhas que luto
Sobre os sonhos que cultivo
Sobre as dores que já não vivo.
Sobre minhas esperanças mais antigas
Um novo caminho das estradas perdidas
O desalento da deliberada solitude
Autoacolhimento e mudança de atitude.
O sentir e o mover bem integrados
O resiliar-se pelos erros passados
O equilíbrio de poder sentir tanto
Sem perder a essência e o encanto.
A criança ferida que já fui uma vez
Olha a atual mulher e entende com sensatez
Que novas histórias se constroem com amor
Autorrespeito, aceitação e amar quem sou.
A criança que me habita mostra coragem
Para enfrentar os ritos de passagem
Para evoluir como uma boa aprendiz
A mulher que fui, sou e serei merece ser feliz.