A cura

Cubra-te com folhas selvagens

Quem sabe a cura também venha na alma

Talvez, melhor chás de tanchagem

Para que tudo dentro de você,

na sua carne:

Cicatrize, expele coisas,

Sara suas feridas

E imagina; a cura

Não, não sara!

As que te levam logo daqui,

As que te judiam

As que devastam seu psíquico,

As que te mata aos pouquinhos

As incuráveis são do espírito,

O céu vive lotado de petições

Chama o anjo, sobe anjo...

Fé que te machuca mais

Santo, que venha o santo divino

Veja daí de cima às doenças incuráveis

Essa cura é como um jogo de loteria

Torcendo para receber naquele dia

Ou quem sabe...

morrer osso duro de roer