VIGIAR

Se tenho eu que desconfiar

Por que eu diria para todos

O porquê da minha desconfiança?

Não, não ser-me-ia justo desconfiar

Sem ter uma concreta razão

Algo lógico, concreto, de certo...

O velho mar mestura-se com o novo

E são águas rasas, profundas, esse mar revolto d'alma

Que busca certeza em todos os lugares onde há gente,

Gente boa, ruim, gente como a gente,

Para que desconfiar se tenho a certeza?

Se dizem tão esperto que me finjo de fraco

Assis, eu permaneço observando

Os lorpas, pascássios, incongruentes!

Por que eu haveria de me envolver com as tessituras?

Não, eu não preciso abrir minha bocó

Ficarei em silêncio para agora mudar de posição

Mente jogo de xadrez

Onde sou rei e não pião.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 28/04/2023
Código do texto: T7774601
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