Torpor
Passar a borracha
Mas lembranças
Nas mensagens
Fotos
Cartas
Poesias
Canções
E declarações
Se apaga
O palpável
Pra não ver
e ressentir as desilusões
tatuada nos corações
Se distância
Do eco das doces vozes
Suspiros
Sussurros
Emoções
Amores distantes
Saudade latejante
De um amor transbordante
Que no peito se aperta
Atormenta e inquieta
Serenata na janela
Da memória
Difícil de se ver
E dolorida de se ouvir
Travesseiro molhado
De suor e lágrimas
Neste sono e torpor
É hora de despertar.
Ana Lu Portes, Juiz de Fora, 20 setembro 2033