Jeitin Mineirim de ser
Jeitinho mineiro
De um povo matreiro
Que ama conversar
Que e ressabiado
Alerta e cismado
Com o que venham a lhe contar
Jeitinho de quem
Fala cantando
Suave pisando
Os afetos cozinhando
Na mesa se encontra
E os sabores partilhando
Sorrisos largos
Risadas desconfiadas
Sertanejo na enxada
A cultivar
O solo das amizades
Povo de fé e de rezas
Simpatias e ervas
Que se ajudam
Sempre a postos
A vida compartilhar
Sino batendo em suas igrejas
Alertando dos festejos
Dos anúncios de celebrações e partidas
Vida simples ou corridas
Nos paralelepípedos a perambular
Em seus olhos ritmados
De carinho emaranhados
Ao som da violada e do acordeon.
Ana Lu Portes, Juiz de Fora, 28 de outubro, 2023