Que a poesia não morra

Que a poesia pare junto comigo

Quando eu morrer

Que cesse como chama que deixa de fumegar

Não antes

Pois ela e minha voz

Quando não consigo falar

Que a poesia balance minha urna

Em rimas soltas

E livres

Como eu estarei

Liberta do corpo

E das preocupações

Que a poesia embale meu eu lírico

Tão intrínseco a tudo que escrevo e sol

Que a poesia seja o elixir

A fluir pelo húmus

Abastecendo os olhares

As reflexões

Num sarau continuo

De elucubrações.

Que a poesia não morra

Mas persista

Resista

Impetuosa

Intensa

E impulssiva

Como sempre foi

Ana Lu Portes, 2 de novembro 2023

Ana Lú Portes
Enviado por Ana Lú Portes em 02/11/2023
Código do texto: T7923140
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