Carrossel de palavras
Pergaminho
Pena em tinteiro
Máquina de escrever
Lápis
Caneta
Folhas em branco
Versos ritmados
Elaborados
Noites a fio
Sob o lampião
Noites viradas
No silêncio da noite
E da escuridão
Caverna solitária do escritor
Mesmo em tempos modernos
Vira a noite a digitar no teclado
Do celular ou computador
Tempos acelerados
De textos vomitados
As vezes não digeridos
O ritmo e veloz e cruel
Quantidade e melhor?
Qualidade e pior?
Onde te encontro?
Resposta em carrossel
A girar em pensamentos
Circulares e inebriantes
De um poeta
Atropelado pelas palavras.
Ana Lu Portes, 2 de novembro 2023