EU SOU DIFÍCIL

M(EU) EDIFÍCIO

Estou tão diferente.

O que aconteceu? 

Digam-me minha gente.

Vocês que convivem comigo.

Vocês que são meus amigos.

Vocês que me dão afago e abrigo.

Digam-me? Preciso saber.

Busco algo em meu abissal.

Algo que tive e que escondi.

Destarte, pudesse achar alí.

... acho que ficou em um recôndito.

Em um templo de silêncio.

Meu eu calou néscio de mim

É até irônica essa busca interior.

Minha mistura de alma-cal

Esculpindo meu jeito no tempo;

Cremando os meu defeitos;

Espalhando-os ao vento.

Massa disforme, mofa, sem sal ...

Reergue-te! 

Chama por Morfeu!

Não para amorfinar-te.

Sim, para reconstruir sonhos!

Projeta! Planeja! Constroi!

Alicerça-te irrigada de amor

Tuas paredes-palavras de vida.

Tua laje seja a infinitude dos céus.

Tuas vigas teus sangue purificado.

Teus pilares: irmãos, marido, filhos, amigos...

E que a infraestrutura de teu edifício não seja, jamais, fedida, fendida, corrompida.

A construção é diária.

Não é vinda é vida. É ida.

Usa a melhor matéria-prima: Amar sem limite.

É Dificil? Às vezes; sim.

É fácil? Talvez sim, talvez não…

É relativo dependendo da situação.

✏️Madalena de Jesus.

Maria Madalena de Jesus Gomes
Enviado por Maria Madalena de Jesus Gomes em 24/03/2024
Código do texto: T8027074
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