Embalos
Novo dia
tarde,
noite.
Novas estações
e climas.
Novos começos.
De era,
de espera
Tempo de chegadas
e partidas.
De entradas
e saídas.
Para dentro
e fora de si.
Orquestras,
de pardais
de óperas
e instrumentais.
Que tocam.
Lá e cá...
Marcando o compasso,
de histórias
tecidas nas mãos ...
Do tempo
que escorre
como areia
por entre os dedos...
Troca de casa,
de roupa,
de pele,
de corpo.
Mas a alma...
Ah!
Essa é perene.
E fica a bailar e embalar
novas danças
a cada recomeço ...
Ana Lu Portes, 19 de maio, 2024