IN...JUSTIÇA SOCIAL

Pobres seres que optaram pelas esquinas

Nos cruzamentos da vida se perderam

E caminham levados por forças

Não se sabem de onde brotam.

Exatamente não uma opção própria

Mas uma imposição do destino

Numa passada lenta e angustiada

Por entre dezenas de carros contrários

Desvencilhando como podem.

Sentados a beira da calçada

Fazendo dali o seu leito de descanso

Um pão adormecido caído ao lado

O jornal por vezes seu cobertor

Coração bate num ritmo mais lento

As mãos trêmulas de tanta fraqueza

Gemidos lastimáveis saindo pela boca

A mesma não consegue nem falar.

No rosto o cansaço claro como a neve

Uma sede explode pelo corpo

Sede de justiça

Pedimos se faça.