MUNDO VIL

Em meio a essa selva de pedra

Meus olhos cansados procuram uma réstia de luz

Minh' alma está aprisionada tal qual acuada fera

Meu corpo exaurido já não sabe onde me conduz

Profundo desencanto se apodera de meus passos

Paralisando-os neste lodaçal de caminhos obscuros

Minhas mãos se erguem em súplica à procura de espaço,

Estou sufocada entre as paredes de concreto e os muros

O ser humano se perde em turbilhões que o mundo impõe,

A beleza se foi há muito e deu lugar à selvageria

O gestos são covardes, a ganância se sobrepõe

Aos anseios de felicidade e de harmonia

Somos irmãos e tão distantes de nós mesmos

Somos criaturas desacreditadas e sem amor,

Somos retirantes descrentes vagando a esmo,

Somos o refugo de nossa ambição e desamor...

Janeiro/2004

Vitória-ES

Baby
Enviado por Baby em 22/01/2006
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