Bandido

Tu que andas louco,

sublime e torto

que rejeita as vidas

como quem joga baralho

Traz de um exílio

um lobo-guará

que nas noites

que passam, consome com

vidas ... utopias ... risadas ... bares.

Uiva nas esquinas

cheirando à carniça

num podre vazio

que anda a mil tramando

segredos ... assaltos ... tombos ... desmaios.

Tu que nas noites

zela calçadas, escombros, praças

como quem varre corredores de casas

levando num rapa novas notas de aluguel.

É lobo, ... você que sai em disparada

numa eloqüência da vida,

tomando por um mau engano

a cólera de todos.