Um mendigo...

Rei delirante de varias calçadas...

Reina com suas vestes sujas e rasgadas.

Segue falando com o senhor do nada...

Sendo motivo para alguma gargalhada!

Segue ele só despido da sua esperança...

A fé no divino a muito escondeu a graça.

Homem que gosta de adormecer na praça,

Toma bem-aventurado seu gole de cachaça!

Aguardente que entorpece o seu coração,

Disfarçando a dor destilada pela sua condição...

Na madrugada fria se esquenta com a ilusão.

Espera um dia melhor é um prato de feijão...

Mas no olhar do burgo apenas a rejeição,

Que espreita o silenciar da sua pobre alma.