CRISTO, O REDENTOR - Uma crítica à violência urbana

Mais um corpo violado,

E sob a terra escondido.

Não é corpo de soldado.

Nem é corpo de bandido.

Cidade Maravilhosa,

Onde a tua maravilha?

Outra mãe está chorosa,

Chorando por sua filha.

De sangue, a praia vermelha,

Longe do Cristo, escondida.

Pés a clamarem na areia:

Quem roga por tua vida?

Não há verdade ou amor?

Só o mentir e matar?

Se em cada lar, nova dor,

Como deixar de clamar?

Mais um corpo violado.

Aos pés do morro caído.

Será este, o seu salário?

Será este, o seu abrigo?

Olhai para mim e vede,

Não há outro Salvador.

Olhai para mim e vede,

Sou o Cristo, o Redentor.

Moses Adam

Ferraz de Vasconcelos, 09 de julho de 2008