Um dia que não passa. Haja desamor!

Dorme de dia que o povo olha,

não se comove muito, mas olha.

Se dormir à noite, dança, morre

uma'zeitona, uma branca afiada,

um fino estilete enferrujado e frio,

mesmo uma meia-lua de pernada.

Até torção de estrangüela leva

Ele assim resiste, sobrevive, insiste,

parece não qué morrê sem estilo...

o povo olha, não se comove, até vê

nem é na tevê é só no meio da rua,

sem glamour algum nem força na peruca.

Tá doido!

Cuida o caveirão!

Inda é bicho homem,

Inda fora do rabecão.

Se ficá, os lobos comem!

Nem pintura de relevo é a baixeza,

Inda é vivo, desenhado na pedra nem.

Eita dor! Haja desamor.