DESTINOS

Cada qual:

tem a sua história,

seu passado na memória,

suas lembranças sem igual.

Assim como o mendigo,

que mendiga nas calçadas

o seu almoço de domingo.

Assim como a prostituta,

a procura de novos clientes,

dando o seu corpo em permuta.

Assim como o menor abandonado,

perambulando pelas ruas da cidade

na captura de um pão, afeto ou trocado.

Todos eles:

têm dentro de si as razões,

o princípio de todas as desilusões

que os fazem viver por eles mesmos.

Cada qual:

tem a sua saga,

sem passado, sua glória

e o presente que lhe afaga.

Assim como o rico,

que enriquece o seu estômago

com sua mesa farta de domingo.

Assim como a madame,

que passeia em seu carro,

sem dar atenção a vida infame.

Assim como o playboy,

curtindo a vida sem rancores,

sem a pretensão de ser herói.

Todos eles:

desconhecem a certeza,

de que um dia possa virar-se a mesa.

E o que foi, poderá não ser como antes.

Autor: Julimar Antônio Vianna

09/08/2008

Julimar Antônio Vianna
Enviado por Julimar Antônio Vianna em 09/08/2008
Reeditado em 23/11/2008
Código do texto: T1120461