AGONIA DE UM RIO

Latejam, em minha lembrança,

Os meus tempos de criança:

Os mergulhos, rio adentro,

Famílias extraindo o seu sustento,

Outras, lavando louças.

Era um ir e vir de mulheres úmidas,

Equilibrando suas trouxas

Por uma estreita e congestionada avenida.

E rio majestoso, lento deslizava,

Adentrando às verdes matas, abrigava,

Água límpida e abundante.

Hoje, um fio de água morta,

Descrevendo em linha torta,

O suplício de um rio agonizante.

GILBERT
Enviado por GILBERT em 26/02/2006
Código do texto: T116207