O assistido

Pensa que educas o próximo?

Serve mais para ser educada.

Cuidar, alimentar, assistir.

Faz parte do seu papel;

Assistência que predomina

Num gesto de mediar.

Gesto nulo imediato.

Anulação que vem com os anos;

anos de experiência,

que lhe custam momentos.

Continuam a necessitar.

Amor fraterno,

“Mito do amor materno”.

Caridade nunca falta.

Solidariedade amortecida.

Doar o que não lhe serve,

ou partilhar o que se tem?

Tirar de si e entregar.

Não se desqualifique;

alimenta a necessidade do outro;

eles necessitam.

Você nasceu para cumprir isso.

Caridosa tem vezes impiedosas,

mas mantém sua saga no auxílio.

Necessita muito mais

da compaixão dos próximos,

do que doar ajuda.

Pensa que ensina?

Ensina a dependência

dos educandos em uma

Atitude independente.

Por isso essa interpretação

de bondade e serenidade que passa.

Não escolheu ser assim.

Foi falha da criação,

protegida por opção.

Equilíbrio emocional abalado.

Após vem o mal inseguro que consome.

A introspecção da opinião.

Continua a bonita caridade

pois ela nunca falha.

Uma forma de pêndulo

Pedido de socorro

Quem mais cede

Mais perde

O perder buscando ajuda.

Em seu entorno,

Meche com vidas alheias.

Que direito tens de manipular tudo isso?

Palpites precipitados e duvidosos

Sempre na possibilidade, nada afirmo.

O mesmo direito que decide percursos

Tens o dever de deixar ser ensinada e administrada.

Será que eles não têm razão?

Quem sabe um dia,

descobre-se que teus ensinamentos

são fundamentais

Importantes para um dia esperar.

Esperar que alguém a ensine.

Ensine a parar com tudo isso

ou servir de bengala eternamente.

Conformismo para os ajudados.

22/08/08

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 06/09/2008
Código do texto: T1164501