Paredes

Em meio a estes

Arranha-céus de luzes ofuscantes

Minha mente vagueia

Por entre paredes de tijolos descobertos

Que choram de miséria.

Paredes vizinhas, coladas

Separadas por finas vielas tortas

Cheias de sonhos e fantasias.

Paredes tristes,

Amedrontadas com o terror

Da vida que vivem sem querer.

Com essa vida

Que se leva nestas paredes

Só mesmo mergulhando na cerveja

Com uma única forma de alegria.

O Samba, música esta

Que enche nossa alma

De alegria e esperanças

Fazendo-nos esquecer

Dos prédios lá fora.

Adalberto Caldas Marques
Enviado por Adalberto Caldas Marques em 25/09/2008
Código do texto: T1195537
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.