Desiguais

Quantas vezes a palavra igual,

Tornou-nos desigual, incertamente...

Fazendo-nos calar, tão imparcial,

Até no fundo de nossas mentes...

~

Quantas foram às vezes que fomos censurados,

Pelo passado que se fez presente...

Deixando as nossas virtudes de lado,

Taxando-nos como incoerentes...

~

Quantas vezes tentaram nos calar,

E assim o fizeram, então calamos!

Ficamos a deriva, sem repostas no mar,

E com nosso barco afundamos!

~

Alguma coisa tinha que mudar,

Temos a responsabilidade de ser felizes...

Depois do tombo, temos que levantar,

E guardar das feridas apenas as cicatrizes...

~

Não é fácil, mas sei que com luta se conquista!

No chão de nossa terra, somos a semente...

Que germinará em qualquer ponto de vista,

Da latinidade de nosso continente...

~

Pois nada nos calará novamente,

Nada de nada nos tornará desiguais...

Deste Brasil, somos a verdadeira vertente,

Matando a cede de justiça, nestes pontos cardeais...

Marco Ramos
Enviado por Marco Ramos em 10/03/2006
Código do texto: T121370