Conversa séria com Ernesto Che Guevara

Nesse oito de outubro,

Meu terno abraço, camarada

Nossos inimigos de ontem

Ainda hoje comprovam.

Por inépcia e desumanidade.

A justeza dos teus ideais.

A exploração do trabalho

Pela propriedade privada

Produtiva ou especulativa

Gerou demência mundial

Na sociedade, a falência.

Nos negócios até legais.

Alguns, poucos, raros...

Grandes seguradoras e bancos

Recebem dinheiro dos estados

(comitês executivos dos de cima)

É sangue e suor de multidões

Os aventureiros tão incapazes

Quanto gananciosos fraudam até a si

Agora pedem penicos, camarada.

Roubar o mundo todo é o objetivo,

Que os produtores paguem falências

Especulação. Correm por socorro

Banqueiros e farsantes à estatização

Negocistas privatistas arrombam bolsas

Sobrevalorizam a moeda podre, tontos

Capital do comércio fantasma, espanto

A usura restou no remanso, boiando

Furou o pneu da bicicleta do ano

Escapou a correia na descendente

É lomba abaixo e catraca, gente!

Minha mãe, já bem vivida,

Recomenda a quem o tenha:

Segure o rabinho

Do seu porquinho,

Com a mão, camarada

Em seguradora não.