A SOCIEDADE E A DOENÇA

No fundo porque sofremos, para termos

em nós, a consciência, de que estamos vivos?

E seria preciso o sofrimento, corpos padecendo,

quantas vezes, até ao resto de seus dias,

para sabermos, que há vida, concretizando

matéria e mente?

Infelizmente tudo isso são perguntas sem resposta.

Pois que, de um momento, para o outro, somos

atingidos pela tragédia, e não tem medicação ou

medicina, que nos salve.

No entanto, tenho plena consciência, que a mente

tudo comanda, e se nos agarrarmos à sua força,

se acreditarmos, que ela tudo pode, muitas doenças,

podem ter aí seu epílogo definitivo.

No entanto, há doenças, que nem a força da mente,

consegue combater. E quão triste é, ver uma pessoa,

trabalhar uma vida inteira, para depois, na hora da

paz, onde usufruir de descanso e alegria, seria apanágio,

como que vinda do nada, a maldita da doença vir tolher,

toda a graça e vivacidade, com que as pessoas, sempre

trouxeram a seu lado.

O mais triste é que depois temos de recorrer a hospitais,

velhos, sujos, mal pintados, onde impera o frio, porque

nem ar condicionado existe, para os que padecem, de mil

dores, esperando em alas intermináveis, escutar enfim

seu nome, para preencher requisitos, voltando a esperar,

que, finalmente, um médico os chame, para escutar

seus padecimentos, na vã esperança, de poderem ajudar.

Acontece, que muitos poucos, são os médicos, que se

interessam verdadeiramente, pelos seus doentes, passando

tempo com eles, escutando-os e anotando tudo, de

sorriso no rosto, tranquilizando as pessoas, e, com seus

conhecimentos, ajudarem da melhor forma, essas gentes.

Só que valemos muito pouco ou nada, para gastarem dinheiro

e atenção devida e especializada, para com os nossos doentes,

quantas das vezes, cobaias vivas, para a ignorância, da medicina.

Porque sofremos então, e, a vil doença, nos atinge,

se já deixamos de viver, a partir desse mísero instante?

Jorge Humberto

16/11/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/11/2008
Código do texto: T1288339
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