Parasitando Parasitas

Malefícios da vontade

que me prova não prever

os resquícios da idade

que me vêm amolecer

Nessa nossa imensidão

num caminho de ninguém

pelos rios canalizados

e as cidades invisíveis

Deixa ver o que ninguém vê

e te tente a conhecer

provando a massa

da cultura de um país

natureza social

comportamento individual

amizades sem sentido

as ruínas que padecem

são as folhas que apodrecem

numa árvore cercada

com as raízes controladas

e o cimento das calçadas

não concluem e só separam

Mal que fiz sem nem saber

de estar abarrotado

alimentado e calado

como um urubu que procura o sangue

das pessoas necessitadas

Parasitando os parasitas

Controlando o governo

Mediando os meios

como forma de protesto

De um protesto

que nunca existiu