DE UMA VEZ SÓ
Não são mais inocentes
E tem na mão a cola que não cola
Tem na mente retorcidas alucinações...
Nos olhos o brilho apagado
No coração a raiva de tudo
De ter acreditado
Em amigos inimigos
Em políticos
E em promessas feitas em ano de eleição!
Acreditou em sonhos
E morreram todos, um a um.
Quis ser piloto de avião...
Mas nem sequer saiu do chão
Caiu no conto do vagabundo
Se iludiu com as facilidades
De ganhar tudo de uma só vez
E perdeu sem ao menos ganhar!
Perdeu a vontade de lutar
Perdeu a fé
E ganhou o desprezo
O descaso e o olhar torto
De quem passa
E passa bem longe
Com pena de ver e com medo de ajudar.
Na verdade não sabe quando
E nem como ajudar.