MULHERES OCULTAS (A CIDADE DO SOL)

Mulheres ocidentais

Contemporâneas, libertas...

Mulheres de Cabul

Escravas de seus homens

Escravas de preconceitos

E preceitos religiosos...

Burqa que esconde os maus tratos

Dentes quebrados em surras sofridas

Batem nelas os seus “donos”

E os homens que as vigiam...

Muitas vezes num único trajeto

A procura de um filho

Abandonado em institutos

Para que não morressem de fome...

Mulheres capazes de se submeter

A uma cesariana sem anestesia

Entorpecida nas dores de seus sofrimentos...

Nenhuma palavra é capaz

De traduzir as dores sofridas

Nos últimos 20 anos da história do Afeganistão...

E Cabul tão fascinante

Um mundo desconhecido

E que não compreendemos

Sem a visão da ótica religiosa...

Bombas que explodem

Silêncio

Silêncio

Silêncio...

Mulheres de Cabul

Nada tem de seu

Nem a sua própria via lhe pertence

Só são donas de seus silêncios...

Escravidão?

Bom seria

São prisioneiras de si mesmas...

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Poema escrito em cima do livro “a cidade do sol” de Kaled Hosseini, ed. Nova Fronteira.

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 22/12/2008
Código do texto: T1348464
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