Negro

Da cor toda morena, muleta, marrom, moreninha ou preta

Do beiço generoso de carne

Cabelo bom de trança no coro do cabelo

Musculatura de guerreiro

Pandeiro, batuque d’Angola

Do banzo nasceu renascida alegria

Como um dia, nova - manhã

Esse oxum que samba ao som do xangô

Esse ardor do sorriso sorridente

Branco dos olhos, branco dos dentes

Clara alma... se acalma em luz

Do chicote ao chicoteio

Preto inda é obscuro

Rima a pobreza no samba do morro

Nos esconsos redutos

Que cultuam deuses e deusas

Sentencio, pois:

Dá negritude ao negro

E o moreninho deixará de ser marrom.

poeta inverso
Enviado por poeta inverso em 22/01/2009
Código do texto: T1397741
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