Proletário

Vibra, me morde as vísceras

Uma harmonia mais linda

Me causando estranheza e dor

Ainda sopra uma leve neblina

Quebra a mudez meu despertador...

Entro na herói roupagem

Salvo toda uma família...

Vou pela madrugada fria

Extremamente escura

Sem alma viva na rua...

Vou voando entre línguas-labaredas

Passeando pelas casas e casuarinas

Deslizando pelas largas avenidas

De sobrepelizes pelas amplas alamedas...

Vou trespassando o período diurno

Há algumas luzes ainda acesas

Plantas ornamentais pelos muros

Cobertos pela fuligem da empresa...

Lá vai eu todo esperança e expectativa

Gladiador que mata um leão todo dia

Que vive para comer e não tem farta mesa...

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 30/01/2009
Código do texto: T1413897