Proletário
Vibra, me morde as vísceras
Uma harmonia mais linda
Me causando estranheza e dor
Ainda sopra uma leve neblina
Quebra a mudez meu despertador...
Entro na herói roupagem
Salvo toda uma família...
Vou pela madrugada fria
Extremamente escura
Sem alma viva na rua...
Vou voando entre línguas-labaredas
Passeando pelas casas e casuarinas
Deslizando pelas largas avenidas
De sobrepelizes pelas amplas alamedas...
Vou trespassando o período diurno
Há algumas luzes ainda acesas
Plantas ornamentais pelos muros
Cobertos pela fuligem da empresa...
Lá vai eu todo esperança e expectativa
Gladiador que mata um leão todo dia
Que vive para comer e não tem farta mesa...