O CASTELO DA IMPROBIDADE (Le château)

O CASTELO DA IMPROBIDADE

Juliana S. Valis

O egoísmo exacerbado desvia o ser humano da honestidade

E também desvia verbas e melhorias políticas de sua perspectiva;

Onde existiriam escolas e hospitais públicos, o castelo da improbidade

Afronta uma finalidade estatal, que deveria ser próspera e coletiva...

Sim, a ganância de uns é o fato gerador da miséria de tantos,

Na séria lista de tributos desviados de sua função específica,

Quando a corrupção apenas aumenta os desencatos

De uma nação que precisa ser mais justa, igualitária e pacífica !

Mas enquanto se ergue o castelo da improbidade,

Quantos morrem de fome, seja ela qual for ?

Fome de alimentos, de justiça e verdade,

Fome de paz, de honestidade ou de amor ?

Enfim, qual seria o real fato gerador da justiça ?

Entre tantos impostos, taxas e contribuições de melhoria,

Onde estão os resultados e soluções, além da humana cobiça ?

O castelo da improbidade será destruído algum dia ?

Ainda bem que a esperança é a última que morre,

Se o tempo socorre a prudência e o vigor,

Enquanto a vida passa e o protesto transcorre,

Tomara que caia o castelo da improbidade, "improbité", le château.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 07/02/2009
Reeditado em 08/02/2009
Código do texto: T1427463
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