AS NOVAS CRIATURAS

Porque todos juntos, seremos

muitos, contra o focinho da

palavra, que nos explora, com

suas dúcteis directrizes,

impostas por novos autocratas,

que não se deixam ver, fora de

seus luxuosos escritórios, onde

apenas vegetam, e, no lugar de

mãos, criaram cotos, pela força,

de sua prática incestuosa,

testemunha de uma repugnante

hereditariedade, à qual fizeram

voto de silêncio, seres híbridos,

nascidos in vítreo, criaram uma

nova raça, que havemos de vencer.

Quais clones, no cimo, de suas

torres de marfim, ditam a nova

escravidão e impõe a inquisição,

mantendo o povo sereno e

controlado, por meio dum rude

jugo, a que eles chamam de Mãe.

Mas, como disse, todos juntos,

seremos muitos, e, por cada um,

de nós, que venha a cair, nesta

luta desigual, outro se levantará,

e outro e outro, até mostrarmos,

a nossa força e idealismo.

Pois o fascismo não mais vencerá,

destruídos, pela raiz,

os autómatos, déspotas de uma

nova raça ariana, que vai vingando,

por esse mundo afora, mas a quem,

seus tentáculos, cortaremos,

contorcendo-se então pelo chão,

numa última agonia, sem sangue

e completamente repelentes.

Jorge Humberto

22/02/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/02/2009
Código do texto: T1453707
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.