A ULTIMA
Bi, fon, ououououou,
Fumaça das máquinas rodantes
Das chaminés, das fábricas,
Cheiros, ruídos, céu cinzento, e ela lá.
Não é possível definir
Seu nome ou nacionalidade
Muito menos, a idade,
Só se sabe que há muito, ela esta lá.
De seu lado dois monstros
Da modernidade, de aço e
pedra. Á frente outros
Mas ela não se incomoda. Sempre esta lá
Já teve companhia de sua
Espécie vegetal, bem como
A animal. Viviam em
Completa harmonia, e ela lá.
Sabe que frutificava
E todos seres vivos se
alimentavam daquelas Ramagens.
Mas hoje raro brotar algo. Mas ela continua Lá.
Nos tempos idos respirava
Um ar limpo e cósmico
Regava-se das águas do céu
Ou das águas claras do grande Rio. E ela lá.
Nos dias de globalizar
Onde o verbo é lucrar
Viu os irmãos sendo
Mortos, um a um. Mas ela ficou lá.
Nunca entendeu porque
A pouparam. O porque
Daquele pedacinho de
Chão ficou sem concreto e ela lá.
Mas naquele instante
De reflexão não percebeu
Que a resistência de seu dono
Foi derrubada e ela........