Da Janela eu Vejo
No ambíguo campo do horizonte
vejo a estrada da vida
em campo de semeadura
e terras de descobertas;
vejo paisagens em transparências
caminhos de contradições
delicadezas do sentido
lembranças que não se vão;
consciência do passado
num silêncio abstrato
de verdades esquecidas
e graças não reveladas;
na descoberta do invisível
vejo padrões de inspiração
falsidade de milagres
na lógica cultural.
E na angústia do amanhã
sem querer lembrar do ontem
cerro os olhos tentando não ver
a grande batalha da vida .