Pilatos!
Amai-vos uns aos outros,
Eis o verdadeiro amor.
E o que vemos?
Amassai-vos uns aos outros!
Dúvidas que assaltam,
cabeças que rolam,
escárnio nos rostos,
é o que vemos!
Buscamos saídas isoladas,
fugitivos da iniquidade;
Nem santos somos!
Como ignorar a dor,
a lágrima, a perda?
Como isolar do sofrimento
do irmão em provação?
Como disfarçar a podridão,
se o mau cheiro destroi a mucosa
impregnando o ser?
Passivos estamos
diante das atrocidades.
É hora, meu irmão,
saiamos do ostracismo!
Misérias asssolam seu mundo
e você lava as mãos,
Pilatos?
"Apesar de não ter Nele
encontrado nenhuma culpa,
você o condena?"