Seja mais que uma máquia


"Uma máquina pode fazer o trabalho de cinquenta pessoas comuns.

Máquina alguma pode fazer o trabalho de um homem incomum."
Elbert Hubbard


Abaixo a modernização”

Diz o idiota, e resmunga

Pondo na calçada a bunda

Com a latinha na mão.

E naquela cervejinha

E em mais umas três “brabinhas”

Bebe a sua frustração.


Por algum motivo tolo

Não participou do bolo

E se esqueceu de sonhar.

A máquina veio? Chingou.

Ouvir palestras? Não quis.

Computador? Nem falar!

A Internet? Loucura!


O seu amigo, porém

Agiu de modo diverso.

Viu as reformas de perto

E ao novo universo

Abraçou e disse: Amém!

Se especializou,

E com o impulso dos pais,

Saiu do lugar-comum

E sobrepôs-se aos demais.


A máquina olhou pra ele

Com a carinha enciumada,

Ele nem mudou de cor.

Domou o computador

Só pra domar a danada.

E pelo esforço e a prática,

Doutorou-se em informática.


Vendeu o seu barracão,

Se desfez do fuscão,

Comprou a BMW

E uma “modesta” mansão.

Ele era um era peão;

Tinha as mãos calejadas,

Mas a sua mente, não.


Agora lá na calçada,

Com a alma encolhidinha

Diz o tolo da latinha:

- Ali vai o meu patrão.