Esmola Capital

Estendo minha mão

Obrigado senhor, passe bem

Perdido entre sombras

Num curto-espaço apocalíptico

Caminho em direção de livre arbítrio

Clamo salmos para percepção

Vidas por mim passam sem delongas

Não há alguma exitação

No mundo onde dinheiro faz tempo

Onde segundos se faz proletários

Relógio algum daria sanidade

Ou paz para os capitais

Preparado para o salto

Onde num próximo vagão poderei viajar

Enquanto homunculos seguem suas rotinas

Vago para algum sereno lugar

Querendo sentir uma sensação

Viva pelo toque da partilha

Num mundo onde tempo se fez rotina

Problemas sociais se fez combustível

Sigo para o meio do nada

No cinza da madrugada e azul do mar

No branco da alvorada, no vermelho do raiar

Boa noite caro senhor, aqui deixo meu agrado

Uma carta, um salário, um pouco de amor

Como para sua sede de óleo e capital desejo-te sorte

Pois quando tudo estiver feito, pedirá paz em seu leito de morte

Marcos Ses
Enviado por Marcos Ses em 29/04/2009
Código do texto: T1565698