Esmola Capital
Estendo minha mão
Obrigado senhor, passe bem
Perdido entre sombras
Num curto-espaço apocalíptico
Caminho em direção de livre arbítrio
Clamo salmos para percepção
Vidas por mim passam sem delongas
Não há alguma exitação
No mundo onde dinheiro faz tempo
Onde segundos se faz proletários
Relógio algum daria sanidade
Ou paz para os capitais
Preparado para o salto
Onde num próximo vagão poderei viajar
Enquanto homunculos seguem suas rotinas
Vago para algum sereno lugar
Querendo sentir uma sensação
Viva pelo toque da partilha
Num mundo onde tempo se fez rotina
Problemas sociais se fez combustível
Sigo para o meio do nada
No cinza da madrugada e azul do mar
No branco da alvorada, no vermelho do raiar
Boa noite caro senhor, aqui deixo meu agrado
Uma carta, um salário, um pouco de amor
Como para sua sede de óleo e capital desejo-te sorte
Pois quando tudo estiver feito, pedirá paz em seu leito de morte