Desamarrem esses laços

A cegueira momentânea produzida pelo brilho do farol à nossa frente

A loucura permanente pra não ser assassinado na avenida em plena luz do dia

A banda podre servida à mesa pra gente comer com farinha

Mostram indícios que a gente se acostuma a cada coisa

Ou é a Coisa que se adapta ao nosso jeito de viver?

Nos enterramos no profundo esquecimento de quem somos nós

E aguardamos que nos cheguem prontas as soluções das equações para que possamos desatar os nós que aparecem de várias formas em nossa vida

Basta somente a gente colocar a mente pra trabalhar, erguer os olhos, fitar os fatos, fazer uma pose e sair na foto.

De que adianta descolar um destino

Que não foi a gente quem construiu

De que adianta xingar a genitora do fascista

E mandar o mundo para a PQP

Segure firme no braço da guitarra

Bata bem forte no couro do tambor

Exorcize esses fantasmas que querem reza

No momento que você cria uma expressão

É que dá um tapa sem mão na cara daquele que lhe negou a opção

Não, não deixem que pasteurizem seus pensamentos com elementos de divertimentos que estão longe da realidade do seu dia-a-dia

Desamarrem esses laços