Anjinho Imortal.

Menino de Rua

Anjo em pele Nua

Nos guetos sem Lua

Tua vida é tão Crua!

Logo de pequeno

Conheceste a dor

Provaste o veneno

Sonhavas com o amor.

Teus olhos opacos

Dizem tua história

Dores em teus passos

E em tua memória.

Vives o abandono

De uma guerra fria

Nem vês o outono

A névoa é teu dia.

Inocência e sonhos

Roubaram ao nascer

Vagueias tristonho

Face do “Sofrer! ’

Cama de cimento

Coberto em jornal

Teu pão bolorento

Sustento imoral

No Céu tens alento

Anjinho Imortal!

Goretti Albuquerque.