Carpe Noctem

Carpe Noctem

Mas, tudo bem...

Deixe que a manhã adentre a janela

E que a noite se esvaia pelos vãos das portas,

Porque são as sombras que cobrem a plenitude

E invadem solenemente a solidão;

Mas não adianta só o verbo,

Fibra frágil e fria como lâmina,

Pois é com mãos que levantam muros

E soltam as marretas na muralha!

Saíremos com calos nos dedos

E olheiras roxas por baixo dos olhos

Com apoios de Minerva de ouro, ou não!

Pois são de brados e palmas que se fecham a batalha.

Pés limpam de sangue o chão

'Inda que não limpem a língua da falácia...

E agora, acendam as luzes

Para que ascendam as veias da illuminura

Naquilo que chamamos de Universo.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 20/05/2009
Reeditado em 20/05/2009
Código do texto: T1605129