Eu sou!

EU SOU!

Não, não sei se sou...

Se sou não deveria eu sentir que sou?

Não deveria eu saber que sou?

Ou ser é só uma questão de crer?

Sou eu mesma que sou?

Ou sou somente um solo de exigências?

Não sou todo esse silencio do ser!

Não gosto da transparência do sorrir da ignorância,

Nem do sofrer que é o saber!

Posso aderir à quietude do intimo tamborilar

Dos pântanos tornados podres,

Sem resistência alguma.

Pútridos! Vis!

Sórdidos! Vulgares!

Mas, ainda assim, cantarei o fingimento

Na calada ardente da minha dor!

Enfim,

Sou, sim, fingidor!

Sabrina Vieira
Enviado por Sabrina Vieira em 05/06/2009
Reeditado em 06/10/2012
Código do texto: T1633425
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