Indiferença!

Tá vendo aquele homem, moço?

Veste terno e gravata, sapato engraxado,

tem carro grande e se esconde no vidro escuro;

Tá vendo aquele homem, moço?

Não sorri, não fala, não vive!

Olha seu corpo, moço!

Retorcido pela indiferença

não sabe caminhar.

Tá vendo, moço?

Tá?

Moço, ô moço

O senhor tá me vendo, moço?

(Carmem Lúcia)

**************************************************

O moço não viu,

o moço não ouviu,

a vida passou,

nela, o moço sucumbiu!!!

Lindo, Carminha. Suas poesias são tocantes, sempre!!! Beijos amiga querida. Estou por aqui!!! Adoro você.

(Sirlene Rosa)

Obrigada SI! Você e seus complementos fantásticos! Adoro você!

**************************************************

Uma das obras primas da tua escrita. Carmem. Talvez não tenhas noção do que acabas de publicar. Imprima este texto e leve aos saraus. Sabes o quanto sou exigente no quesito poesia inserida no poema. Pode melhorar o texto? Sabemos que isso sempre é possível, mas neste caso já parte de um grande texto e ficará digno de voos que somente os grandes conseguem. Surpreso? Eu? Não. Conheço teu potencial, mas confesso que sou todo aplausos neste momento. Vou trabalhar este texto por aqui, no palco. Sugestões do teu velho oficineiro.

Tá vendo aquele homem, moço?

Terno, gravata,

sapato engraxado,

carro grande, vidro escuro;

Tá vendo aquele homem, moço?

Não sorri, não fala, não vive!

Olha seu corpo, moço!

Retorcido pela indiferença não sabe caminhar.

Tá vendo, moço? Tá?

Moço, ô moço

O senhor tá me vendo, moço?

Voltaremos ao assunto. Beijos.

Enviado por Darci Cunha em 13/06/2009 14:38

para o texto: Indiferença! (T1640501)

Tudo isso advindo do mestre Darci Cunha! Saudades de nossas reuniões poéticas onde passávamos horas e horas oficinando nossos textos.

Obrigada, meu querido! Um brinde com o melhor vinho!

Beijos daqui!