LEGIÃO

Um oco no coco, lhe deixa borococho

Uma carteira, sem eira nem beira

A idade, não atesta competitividade

Um ato continuo quase sem tato

No banco da praça manco

Não tem ira, ao ver a despensa vazia

O choro do menino, e o seu se esvaindo

Entrava na legião dos SEM

Casa, emprego e dos com

Fome, dividas, miséria.

Até o lock seu cão deu pinote

Não sobrou nem pó de café no pote

A mulher não agüentou a puxada

Fez as malas e levou a filharada

A casa tinha que deixar

Pois não conseguia mais pagar

Os amigos não contava

Sumiram como a poeira da estrada

Entrava na Legião dos

Desiludidos, fudidos,

Humilhados e arrasado

Um vazio

Batia no

estomago

não era

só fome

era dor

uma coisa

o dominava

era escravo

da impotência

nada o

consolava

Entrava na Legião

Dos perdidos, dos

Solitários e mal amados

O que fazer? Como se mover? Porque esta vergonha? Culpa? De que? És velho? Só tem 40? E já não serve? E antes? Ninguém reconhece? Deixou sangue e suor? Também um pedaço do Corpo? Lazer? Não sabe o que é isto? Não tinha tempo pra Sexo? A maquina era sua parceira? E o produto seu orgasmo? Mas valeu a pena? Não pode nem entrar lá para matar saudades? Ganhava pouco? Nunca quis lutar para melhorar de Vida? Estudar? Não pode?.

dialetico
Enviado por dialetico em 19/06/2009
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