SOCIEDADE ANÔNIMA/SA

Pobre menino de rua

Que triste vida, essa tua

Sem sequer saber de pai

Nem ter carinho de mãe.

Na dura estrada da vida

Foste parar sem saber

Sem pedir e sem querer

Esse destino trilhar.

Pobre menino de rua

Que triste vida, essa tua

Sobrevives a mendigar

Sem tempo para brincar.

No farol pedes esmola,

Na esquina cheiras cola

E o mundo passa indiferente

Sem pensar que tu és gente.

Pobre menino de rua

Que triste vida, essa tua

Sem ninguém ter compaixão

Se dormes na pedra do chão.

Teus irmãos são os demais

Que também não têm pais

Mas possuem corações

Onde abrigam ilusões.

Pobre menino de rua

Que triste vida, essa tua.

Te chamam de marginal

E te fazem tanto mal.

Decretam Direitos iguais!

Aqueles "Internacionais"...

Que muito exigem e pouco dão

Nem sequer o teu ganha pão.

Pobre menino de rua

Que triste vida, essa tua.

Na favela irás parar

E com o tráfico cruzar.

Mas um dia, de sopetão,

Buscando a tua ilusão

Duma família construír

Uma bala te irá atingir...

Quase sempre assim termina

- infelizmente em chacina -

Um pobre menino de rua

E a vida triste, que foi sua!...

By@

Anna D'Castro

(D.A.Reservados)

do livro REVELAÇÕES

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Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 31/05/2006
Reeditado em 15/07/2006
Código do texto: T166421
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