Prisioneiros da Razão
Por que nos perguntam,
porque nos constrangem,
nos inquirindo noite e dia
pelos argumentos da razão?
Acaso somos só matéria,
não existe em nós um coração
para que, além dos argumentos,
falemos com sensibilidade e emoção?
Somos prisioneiros da razão,
a nos martirizar, a nos guilhotinar,
providenciando nossa angústia,
por vezes achando tudo vão.
Mas se onde houver razão
não houver nenhuma sensibilidade,
deixamos de ser humanos
e nos tornamos meros fantoches.
São Paulo, 30 de junho de 2009.
Marcela de Baumont