Que nos perdoem os nossos avós

Caímos como anjos neste mundo sem razão

Ideais vendidos como em feiras às manhãs

mercado insano, fez propaganda da nação

Como no Éden, fez-se da juventude, a maçã.

Ídolos falhos, retalhos de ideologia vil

Mentes mandadas, contrariando os tempos

Imposições de teorias, aceitação hostil

De pau mandados, eleitores - isentos?

Proclamo o fogo, que a história anota

E este meu tempo, qual ideologia escreve

Queria na luta, ‘inda que vitória ou derrota

Erguesse a fronte ao dizer que a luta enobrece

Mas nos fizeram enlatados, cópias e linhas

Já pré-traçadas, inventadas por atores da alta

Que as ideologias seriam tão suas quanto minhas

Mas pra quem vive de compra, juros não faz falta.

Caímos como anjos neste mundo sem razão

Pois nossos pais no ensinariam a viver de ética

Mas nos privaram, nossos avós ainda pediam perdão

Quando os filhos trocaram a luta sã pela poética.

No nosso peito a faca, essa geração atrás

De falsos ídolos e reacionários, ainda fincam!

Nos livros de história ainda não ensinam

Que com esse tipo de poesia não se brinca...

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 07/07/2009
Reeditado em 07/07/2009
Código do texto: T1686812
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