Poema Desaforado


 
Esse jogo de ser ou não ser um vencedor na vida
São bobagens
que um dia um sujeito ensinou numa esquina

São tolices...
A vida é uma escopeta
Apontada pro peito e pra cabeça
 
Sem os parâmetros e os vícios e os sacrifícios
Aos quais é submetida à carne humana
O homem sequer é um homem
O homem sequer se habita
Não há um homem dentro do oco de um homem...
 
Aí!
Enquanto a minha geração
Que talvez
não perca em covardia somente para a sua

Perdida na monótona existência dos dias
amadurecia
Tu e teus outros urubus
Fediam durante toda uma vida...
 
Viver, meu caro!
É usar a pele ate virar muxiba
É buscar o amor enrabando a mãe de um amigo
É cuspir no prato e levar a vida.