O Poço sem Desejo

A parte de cima, apertada.

A profundidade, desconhecida.

A largura, oblíqua à terra.

De fora, pequeno.

Lá dentro, escuro, tenebroso.

No fundo, água límpida, saborosa.

O poço sem desejo

espera a sua vez

de ser tratado como

jóia rara no agreste,

conhecedor da trabalheira

que um poço de roça

tem travado com tamanha carência.

São Paulo, 14 de julho de 2009.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 28/07/2009
Código do texto: T1723620
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